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Varejo Farmacêutico: O Modelo de Assinatura que Está Mudando as Regras do Jogo

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    Vem Cartão descontos
  • 5 de dez.
  • 3 min de leitura

Como o modelo de assinatura e exclusividade redefine a rentabilidade e o relacionamento com o cliente


O varejo farmacêutico brasileiro vive uma fase de transformação. Pressionado por margens cada vez mais estreitas e uma competição feroz por preço, o setor busca alternativas sustentáveis para manter rentabilidade e fidelizar o público.


Nesse cenário, enquanto os Programas de Benefícios em Medicamentos (PBM) continuam relevantes para garantir acesso e atrair consumidores, novas estruturas de negócio começam a emergir, e uma das mais promissoras é o modelo de assinatura farmacêutica.


Inspirado em práticas de outros segmentos de varejo, esse modelo propõe uma mudança fundamental: substituir a lógica puramente transacional por um relacionamento contínuo e previsível com o cliente.


O Cartão Vêm, desenvolvido no Brasil, ilustra essa tendência ao introduzir um formato de assinatura que alia previsibilidade financeira, exclusividade territorial e potencial de expansão em serviços de saúde.


Receita recorrente e previsibilidade financeira


No modelo de assinatura, a farmácia passa a operar com uma base de receita constante, um diferencial expressivo frente à volatilidade das vendas de balcão. As mensalidades pagas pelos assinantes criam um fluxo de caixa estável e escalável, permitindo planejamento de longo prazo e maior segurança econômica.


Em projeções operacionais, uma unidade com 20 mil assinantes pode gerar cerca de R$ 500 mil mensais apenas em mensalidades. Essa estabilidade minimiza a dependência das vendas pontuais e cria uma margem de lucro mensal de mais de 40%.


Fidelização e aumento de fluxo


Além da previsibilidade financeira, o modelo fortalece a fidelização. Ao aderir a uma assinatura vinculada à farmácia de sua comunidade, o cliente incorpora o estabelecimento à sua rotina de cuidados. Isso tende a elevar o número médio de visitas e o ticket médio por compra, sobretudo em categorias complementares como higiene, perfumaria e conveniência.


Na prática, o relacionamento evolui de uma simples transação para um ecossistema de consumo recorrente. A farmácia deixa de ser apenas um ponto de venda e assume o papel de referência local em saúde e bem-estar.


Exclusividade territorial e proteção de mercado


Um dos diferenciais estratégicos do modelo Cartão Vêm está na exclusividade regional. O credenciamento é limitado a uma unidade por grupo de 350 mil habitantes, o que reduz a sobreposição de concorrência direta entre farmácias participantes. Essa política preserva o potencial de captação de assinantes de cada franqueado e protege o retorno sobre o investimento.


Em um mercado fragmentado, onde a pressão por descontos é constante, a exclusividade cria uma barreira competitiva saudável e valoriza o protagonismo de cada operação local.


Otimização operacional e eficiência no capital de giro


A previsibilidade da demanda traz outro benefício expressivo: melhor controle de estoque. Com o comportamento de compra dos assinantes mapeado, as farmácias reduzem desperdícios, evitam perdas por vencimento e liberam capital de giro que antes permanecia imobilizado em produtos parados.


Esse ganho de eficiência permite um reposicionamento estratégico de recursos, da compra excessiva de estoque para áreas como atendimento clínico, marketing de relacionamento e infraestrutura tecnológica.


Expansão de serviços


Ao adotar o modelo de assinatura, a farmácia se transforma em uma plataforma de serviços de saúde. Além de medicamentos e produtos tradicionais, é possível agregar telemedicina, telepsicologia, assistência funeraria e etc.


O franqueado desta forma aumenta seu ticket médio de recebimento sobre as mensalidades.


O papel do PBM dentro do novo modelo


No contexto do modelo Cartão Vêm, os PBMs não são o motor financeiro do negócio, mas ferramentas de valor agregado. Eles seguem atuando como mecanismo técnico para concessão de descontos em medicamentos de laboratórios parceiros, compondo um pacote de benefícios mais amplo para o assinante.


A rentabilidade, no entanto, vem da combinação entre receita recorrente, exclusividade territorial e eficiência operacional. Nesse sentido, o PBM passa a ser um componente tático dentro de uma engrenagem estratégica mais complexa e sustentável.


Uma nova lógica para o varejo de saúde


A evolução do varejo farmacêutico aponta para um reposicionamento inevitável: de ponto de venda para provedor de serviços de saúde. O modelo de assinatura introduzido pelo Cartão Vêm não apenas responde às tensões financeiras do setor, mas redefine o vínculo com o consumidor, promovendo estabilidade, fidelização e eficiência, pilares cada vez mais essenciais para o futuro do varejo de saúde no Brasil.

 
 
 

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